Confesso que tive um pouco de medo, até pelo fato de ser tímido naquela época. Lembro também que me chamavam de um nome diferente, me tratavam como se eu fosse um forasteiro! Ora bolas, como assim eu sou um forasteiro? Vocês me chamaram para estar hoje aqui presente, deixei de ir em um encontro da escola que era esperado o ano todo para estar aqui de social e uma gravata borboleta que me incomodava muito!
Depois de algumas horas na escuridão do conhecimento, senti uma paz de espírito, como se fosse um abraço apertado da minha mãe, foi a primeira vez que me senti em uma família que não era do meu sangue.
Mesmo sem entender muita coisa, tive a certeza de estar entre pessoas boas, já que na minha frente encontrava-se uma Biblia, que foi instrumento de trabalho em minha Comunhão e Crisma na Igreja Católica.
Foi nesse instante que, pela primeira vez, senti o poder da palavra e a necessidade que ela tem dentro de uma sociedade fraterna, enriquecida de baluartes e preceitos de Companheirismo e Fraternidade.
Naquele dia, eu não lembrei de encontro de escola, não reclamei do calor insuportável que fazia lá fora, não reclamei de estar usando roupa social e uma gravata borboleta pela primeira vez. Ao invés, fiquei feliz, uma felicidade diferente da que se sente ao se dar uma risada, ao fazer algo que gosta.
Até hoje não consigo distinguir que Felicidade foi essa, mas consigo citar os resultados que elas me proporcionaram por toda uma jornada, partindo do Ocidente em busca de conhecimento até o Oriente.
Depois de alguns anos, alguns textos lidos, palestras e muitas outras coisas, essa Felicidade acompanhou um novo sentimento, um que temo muito de acontecer comigo, o sentimento de perder um pai.
Temos sim como nosso Herói Martir, cujo nome tomamos em nossos lábios, Jacques DeMolay, último Grão Mestre da Ordem dos Templários, e que preferiu morrer ao trair seus companheiros.
É uma típica história de Romance Medieval, que motiva muitos escritores, roteristas e até músicos, com inspirações que nos enchem de Coragem e Fé.
Particularmente, gosto mais dos Heróis anonimos, aqueles que nem sempre são reconhecidos como tal. Esses Heróis não salvam donzelas em perigo, nem trens que estão para descarilhar. Esses Heróis salvam a humanidade dela mesmo, de sentimentos de vaidade, ganância e poder excessivo.
No momento da fundação da Ordem DeMolay, em 1919, começa a história de Herói, nosso Dad Frank Sherman Land. Esse Senhor deve ser lembrado por milhões de pessoas, pois foi por causa de um "ato heróico" em busca da salvação da humanidade na lapidação de homens de bons costumes.
Nesse dia 8, dia obrigatório de um DeMolay Chevalier dedicar novamente seus votos, em lembrança ao dia que o mundo carnal deixou de ter um Herói que ainda salva vidas em lugares longinquos.
Para todos os Orfãos DeMolays, que enchem os lábios com mais orgulho em dizer que é sim um dos milhares de filhos do Dad Frank Sherman Land
Tribute to Dad Land from André Chormiak on Vimeo.
Agradecimentos aos Irmãos André Chormiak, Claudiney Jr e Luiz Ferreira.
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